17 fevereiro 2006

Amor é química e sexo é fisíca

Arnaldo Jabour disse que amor é prosa e sexo é poesia; os cientistas dizem que amor é química e sexo é fisíca. Tenho minhas restrições com as duas posições, o texto de Jabour pode ser bonitinho, mas acho que existe muita poesia no amor, e que existe muito do animal no sexo. Cada qual com o seu modo de pensar, no lado dos cientistas, falar que o sexo é fisíca implica esquecer totalmente dos hormônios, química pura, que pesa muito na hora do sexo.

Não sei se separar as coisas é a melhor política; acredito no amor sem o sexo; e não acredito na recíproca, não acredito no sexo sem amor, que morre junto com o decréscimo estético e fisíco. Uma coisa compensa a outra, o amor suaviza a animalidade do sexo, o sexo incendeia a suavidade que existe no amor.

Para alguns é preciso separar esses dois sentimentos, mais do que uma questão de classificação, ou de semântica, é preciso justificar uma forma descomprometida de comportamento. Eu não preciso dividir os dois sentimentos, posso viver e entender os dois simultâneamente. Nem todos podem.

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